June 8, 2018

Palestras 2018

AVISO: O programa do Sci-Fi Lx 2018 encontra-se ainda em desenvolvimento. As condições apocalípticas actuais não nos permitem assegurar uma navegação isenta de turbulência espacial e podem levar a qualquer mudança nas datas, programas, convidados e oradores sem aviso prévio.

Aqui encontram toda a informação sobre as diferentes palestras da presente edição e os dados biográficos dos palestrantes, tudo nas suas próprias palavras.

Robogeddon

Moderação: Luís Filipe Silva

Arlindo de Oliveira, Joaquim A. Pinto, Tiago A. G. Fonseca, Carolina F. Marques

Domingo, 15 de Julho – 18 horas

Seguindo o conteúdo temático da palestra do ano passado, “Os Robots Podem Amar?”, uma perspetiva baseada na Sustentabilidade, este ano teremos uma palestra com uma perspetiva dicotómica, sustentada pela possibilidade de destruição do planeta pelas máquinas. Partindo do princípio que os robots podem amar, poderão sentir outras emoções? “Robogeddon – O Espectro Sentimental do Robot” será uma palestra onde se abordará a variedade de emoções que um robot poderá sentir e quais as possíveis consequências desse espectro. Teremos 4 especialistas na matéria: irão falar de Inteligência Artificial, Tecnologia, Ética e Psicologia. O painel será moderado por Luís Filipe Silva, sendo uma palestra propícia à discussão por parte do público.

Doutor Arlindo Limede de Oliveira – professor catedrático do Departamento de Engenharia Informática e reitor do Técnico. Tem como áreas de interesse Algoritmos, Complexidade, Machine Learning e Bioinformática. Escreve no blog Digital Minds sobre temas como computadores, evolução, complexidade, células, inteligência, cérebros e mentes.
Doutor Joaquim António Pinto – Doutorado em Filosofia com especialização nas áreas de Ética, Cultura, Educação, Género, Cinema e Religião. É Coordenador de Projetos de Investigação no Centro de Estudos de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa e membro do seu Conselho Científico.
Mestre Tiago A. G. Fonseca – Psicólogo Clínico em prática privada na empresa Psinove, Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, em Doutoramento em Psicologia Clínica – Psicoterapia Integrativa, Formado em Intervenção Psicológica em Situação de Crise e Catástrofe.
Mestre Carolina Fidalgo Marques – investigadora no instituto de telecomunicações do Técnico, tem estudado as micro e nano tecnologias e as suas utilidades na sociedade, estando especialmente focada nos materiais fotovoltaicos.

Moderador: Luís Filipe Silva (blog.tecnofantasia.com) é autor de «O Futuro à Janela» (Prémio Caminho de Ficção Científica), «Cidade da Carne», «Vinganças» e (com João Barreiros) «Terrarium – Um Romance em Mosaicos» além de vários contos, críticas e artigos em publicações portuguesas, brasileiras e internacionais. Como antologista, organizou
«Vaporpunk – Relatos Steampunk Publicados sob as Ordens de Suas Majestades» (com Gerson Lodi-Ribeiro) e Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa» (com Luís Corte Real). Escreveu o verbete sobre a História da FC portuguesa para a «Encyclopedia of Science Fiction» e realizou apresentações sobre este tema na Eurocon 2016 e Worldcon 2017.

 

Mentes Digitais: Ficção Científica ou Futuro Próximo?

Professor Arlindo de Oliveira

Domingo, 15 de Julho – 17h30

O que têm em comum os computadores, as células e os cérebros? Os computadores são dispositivos electrónicos concebidos por humanos, as células são entidades biológicas criadas pela evolução e os cérebros são os recipientes e os criadores das nossas mentes. Mas todos eles são, de uma forma ou de outra, máquinas que processam informação. O poder do cérebro humano é, por enquanto, incomparavelmente superior ao de qualquer máquina ou ser vivo conhecidos. Porém, após milhões de anos de evolução, o cérebro humano permitiu-nos desenvolver ferramentas e tecnologias que facilitam as nossas vidas e mesmo criar computadores quase tão poderosos como o próprio cérebro. Neste seminário, descreve-se como os avanços na ciência e tecnologia poderão vir a permitir a criação de mentes digitais e tenta responder-se a uma questão inevitável: é o cérebro humano o único sistema capaz de acolher uma mente, inteligente e consciente?  Se as mentes digitais, artificiais ou naturais, se tornarem uma realidade, quais serão as implicações sociais, económicas, legais e éticas? Serão as mentes digitais nossas parceiras ou nossas rivais?

Arlindo Oliveira – Presidente do Instituto Superior Técnico e Professor do Departamento de Engenharia Informática

Humanidade para Além da Terra – After Earth

Joana Neto-Lima

Sábado, 14 de Julho – 17h00

Life always finds a way… depois da catástrofe, a vida na Terra encontra sempre uma forma de evoluir e adaptar-se, mas como será esta nova etapa da Humanidade?! À décadas que tanto no pequeno como no grande ecrã , se tenta encontrar esta resposta.

Nesta palestra, iremos juntos explorar as opções que a Humanidade tem, tanto no campo especulativo como no campo da realidade, confrontando Ciência e Ficção

Joana Neto-Lima é licenciada em Ciências do Meio Aquática, encontrando-se a trabalhar no Departamento de Planetologia e Habitabilidade do Centro de Astrobiologia – CSIC/INTA, o primeiro centro de investigação fora do território americano a fazer parte do NASA Astrobiology Institute. Presentemente está a desenvolver trabalho de investigação em Mundos Oceânicos (p.e. Europa, Encélado e Ceres) e Marte.

 

 

 

 

 

 

 

Nanotecnologia: Progresso ou sentença?

Carolina Fidalgo Marques

Domingo, 15 de Julho – 14h30

A Nanotecnologia é o mundo em que a salvação e a extinção da humanidade se sobrepõem, já que um nano dispositivo usado para fintar a morte pode ser reprogramado para causar a mesma. Esta tecnologia foi criada a pensar na prosperidade da espécie humana, mas nas mãos erradas poderá ser utilizada na sua destruição. Programas como Black Mirror e Westworld têm vindo a explorar esses cenários, gerando em nós um misto de medo e fascínio. Mas quanto tempo faltará para que a realidade e a ficção se encontrem? Ou será que já se encontraram? Teremos os dias contados?

Carolina Fidalgo Marques é Mestre em Engenharia de Microelectrónica e Nanotecnologia e Investigadora no Instituto de Telecomunicações no Instituto Superior Técnico.

Apocalipse Bugs

Ana Rita Varela

Sábado, 14 de Julho – 14h00

No nosso corpo temos pelo menos uma célula bacteriana por cada célula nossa. No ambiente, o número de microorganismos supera os outros em larga escala. Já se demonstrou que podem influenciar o nosso peso, a nossa saúde mental e pressão sanguínea. Resistem a temperaturas extremas, colonizam reactores nucleares e o exterior de naves espaciais. E até agora, tinham sido os únicos seres vivos que podiam ser responsabilizados por alterar a atmosfera do planeta. Por cada sociedade intergaláctica, outras tantas microscópicas, aguardam, literalmente, à flor da pele. Então, o que os impede de dominar a vida na Terra? Ou será que já dominam e nem nos apercebemos?

Ana Rita Varela é bióloga, investigadora e tem desenvolvido a sua actividade em contexto académico e profissional. Trabalhou com microorganismos de ambientes extremos como as furnas e os tubos de lava; e com organismos de quarentena, tendo desenvolvido a sua tese de Phd com a disseminação de bactérias multirresistentes no meio ambiente.  O interesse pela ficção científica cedo a fez perceber que futuro não está só para lá das estrelas mas também do outro lado do microscópio, e é em parte o culpado pela sua opção por uma carreira em ciência.

 

Inovação Científica e Tecnologias para o Mercado

Pedro Sebastião (AUDAX-ISCTE)

Sábado, 14 de Julho – 15 horas

A apresentação pretende despertar o interesse para os desenvolvimentos científicos e como estes podem ser transformados em tecnologias sobre a forma de produtos, processos e/ou serviços com interesse para o mercado. Inicialmente um overview de desenvolvimentos científicos e trabalho existente que coloca estes sobre a forma de tecnologias, com uns exemplos de projetos no grupo de investigação. Numa segunda parte falar sobre projeto empreendedor tecnológico e quais as questões que é necessário considerar para organizar um projeto e, finalmente algumas fontes de financiamento para projetos de I&D que possam ser desenvolvidos em conjunto com startups e outras empresas.

Pedro Sebastião, Doutorado em Engenharia Electrotécnica e Computadores pelo IST, é docente do Departamento de Ciências e Tecnologias da Informação do ISCTE-IUL, é Presidente do AUDAX-ISCTE – Centro de Empreendedorismo e Inovação do ISCTE e responsável pela incubadora LABSLISBOA e Investigador do Instituto de Telecomunicações.

Tem orientado ou co-orientado várias dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento. É autor ou co-autor de mais de 2 centenas de artigos científicos e responsável por vários projetos de I&D Nacionais e Internacionais. Tem sido perito e avaliador de mais de 50 projetos de I&D Nacionais e Internacionais na área da Defesa e Cívil. Tem vários prémios científicos, de engenharia, e pedagógicos. Tem organizado ou co-organizado mais de 50 conferências nacionais e internacionais. Tem planeado e desenvolvido vários Cursos de pós-graduação tecnologias e gestão, de empreendedorismo e inovação e transferência de tecnologia e inovação. Tem apoiado vários projetos que envolve transferência de tecnologia e criação de start-ups e spinoofs de valor para a sociedade e mercado.

Desenvolveu a sua atividade profissional nas Indústrias Nacionais de Defesa, inicialmente no Gabinete de Estudos e mais tarde como Diretor do Departamento de Qualidade do Fabrico de Novos Produtos e Tecnologias. Também foi responsável por sistemas tecnológicos de comunicações na área de negócio da Nokia-Siemens.

 

 

Westworld: E se os Robôs Ganharem Consciência?

Pedro U. Lima (Instituto de Sistemas e Robótica – IST)

Sábado, 14 de Julho – 18 horas

Westworld é uma série de televisão baseada num argumento de Michael Crichton para 2 filmes dos anos 70. A ficção desenrola-se num parque temático que simula o Oeste americano, povoado de androides que interagem com os visitantes humanos. A série aborda ideias ficcionais relativas à tomada de consciência dos androides de uma forma criativa, mas apoiada em especulações científicas sobre o potencial dos robôs inteligentes. Nesta palestra, algumas dessas ideias e especulações serão abordadas de uma forma apelativa, mas ao mesmo tempo promotora de uma discussão apoiada em argumentos realistas sobre o que nos reserva o futuro da robótica.

Pedro U. Lima é Professor do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores do IST,  investigador do Instituto de Sistemas e Robótica, Coordenador do grupo de Robôs e Sistemas Inteligentes e Trustee da RoboCup Federation. Tem envolvimento regular na organização de competições científicas de robôs. É ainda co-fundador da Sociedade Portuguesa de Robótica e do Festival Nacional de Robótica.

Entre o Antropoceno e o Armagedão,

ou, Histórias de inícios e fins, de proezas e perdas, do humano e inumano (com exemplos tirados da ficção científica e da história actual). Uma abordagem bilingue.

Christopher Damien Auretta

Sábado, 14 de Julho – 15h00

Armageddon gives history a definitive edge (or terminus), i.e., the moment of deliverance from sin, the final battle between good and evil, the perfection of spiritual humanity under the apocalyptical shadow of the Biblical Christ, thus marking the redemptive and destructive culmination to human time. The Anthropocene (understood to be at the cutting edge of contemporary human progress) promises to follow an exponential curve toward either a new paradigm of human plenitude or else a planetary cataclysm. Both present humanity with the agon(y) of choice or, rather, choices: how to live, how to act, how to think, how to be.

Ora é interessante detectar como, actualmente, história e mito, ficção científica e actualidade histórica produzem novas percepções da condição humana, ora triunfalistas, ora sombrias. Onde nos havemos de situar neste labirinto de edges (limiares, fronteiras, limites) sem nenhuma saída de emergência à vista?

Christopher Damien Auretta doutorou-se pela Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, EUA. Lecciona na Universidade Nova de Lisboa onde organiza seminários em Pensamento Contemporâneo e na área de Ciência e Literatura, focando, sobretudo, exemplos da representação estética da modernidade técnico-científica. Tem publicado e/ou participado em colóquios debruçando-se sobre a obra de António Gedeão, Fernando Pessoa, Jorge de Sena, Machado de Assis, Primo Levi e Roald Hoffmann, bem como sobre questões relacionadas com a bioarte.

Entre o Cultural e o Individual: A ficção científica e a diversidade sexual e de género

Eva Duarte e Daniel Cardoso

Sábado, 14 de Julho – 16h00

A ficção científica nas suas várias vertentes – utopia, distopia e heterotopia – sempre serviu para projectar sobre o futuro as preocupações (sociais e individuais) sobre o presente. Quando o tema é apocalíptico, ainda mais certo é que as ansiedades retratadas são particularmente agudas, e particularmente mobilizadoras de atenção. Através de um olhar analítico para algumas obras e movimentos sociais ligados a representações do fim do mundo, vamos pensar como é que a diversidade sexual e de género se tornou um tópico central da ficção científica, e o que isso reflecte sobre a nossa sociedade. Depois, vamos também compreender a importância que estas obras têm, do ponto de vista clínico e subjectivo, para como cada uma e um de nós vive e pensa sobre as suas próprias experiências de diversidade sexual e de género, e como este tema, longe de ser recente, tem sido um componente da ficção científica mainstream desde há décadas.

Eva Duarte é psicóloga e sexóloga, dedicando-se actualmente à prática clínica no Sinapsis Consultório (Caldas da Rainha). É doutoranda em Psicologia Clínica e investigadora nas áreas dos comportamentos auto-destructivos e da sexualidade. Desenvolve também diversos projectos criativos, nomeadamente no âmbito da fotografia, performance e cosplay.

Daniel Cardoso é doutorado em Ciências da Comunicação. É professor auxiliar na ECATI-ULHT e professor auxiliar convidado na FCSH-UNL. Investiga e participa em activismo desde há vários anos na área do género e das sexualidades na interacção com a tecnologia e a cibercultura, com especial enfoque para as não-monogamias consensuais, para o BDSM e outras intimidades contemporâneas. O seu trabalho, activismo e produção artística podem ser consultados em www.danielscardoso.net

Horizontes de Uma Memória Humana Futura

Reflexões Éticas acerca da Inteligência Artificial

Joaquim António Pinto

Domingo, 15 de Julho – 15h30

Ao resgatar das profundezas do tempo do sentido humano a sua clássica questão “O que é o humano?”, e as suas inúmeras respostas, muitas delas noções ou categorizações indissociáveis de referenciais comparativos (Animal, Deus(es), Máquinas), necessariamente inumanos, extra-humanos ou não humanos, o recente desenvolvimento tecnológico não só coligiu à meditação essas mesmas noções ou categorizações fundamentais, como lhe aportou um outro referencial: a Inteligência Artificial (IA).

Destarte, a IA, acaso “adquira” realmente prerrogativas humanas que lhe possibilitem funcionar com sentido a partir de dentro, poder-se-á assumir como estrutura intrinsecamente dinâmica, ou seja, um “dentro” ou consciência de si, reivindicar uma identidade própria, necessariamente diferente e autónoma, sustentar o seu acontecer num sentido fundamental por si alcançado e orientar o seu acontecer com vista a fins diferentes do seu humano criador, justifica-se espaço à reflexão ética sobre o tema.

 Joaquim António Pinto é Professor, Investigador, Formador, Escritor e Conferencista. É Coordenador de Projetos de Investigação no Centro de Estudos de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa e membro do seu Conselho Científico. É Doutorado em Filosofia com especialização nas áreas de Ética, Cultura, Educação, Género, Cinema e Religião. Joaquim António Pinto tem Certificação Internacional e Integral em Filosofia Aplicada pela Universidade de Sevilha – Associação Internacional de Filosofia Aplicada (Poiësis), nas vertentes: profissional (Consultor e Mediador) e formativa (Formador de Formadores). Atualmente é coordenador do Gabinete de Terapia Dialógica e do Projeto FiloArrábida, para os quais desenvolveu metodologias, atualmente aplicadas em oficinas e workshops de encontros académico científicos, que designou como Therapy@sofia e Working@Sofia, respetivamente. Embora desenvolva atividade mais substancial em geografias disciplinares como a Filosofia da Cultura e Interculturalidade, Filosofia Política e Filosofia em Portugal, Filosofia da Espiritualidade e Psicologia, áreas onde tem investigado, publicado e lecionado, Joaquim António Pinto elegeu também a Literatura e a Ficção Científica como áreas de seu interesse académico e investigativo. Entre livros, artigos, ensaios e coautorias, conta com mais de uma centena de publicações.

 

Homenagem a Ursula Le Guin

Coordenação: Luís Filipe Silva

Sessão sujeita a Pré-Inscrição (para quem quiser partilhar): Sábado, 14 de Julho – 21 horas. Inscrições em: https://goo.gl/forms/RCF8OzwkrVcOz2d72

Sessão Pública (para quem quiser assistir) – Duração aproximada: uma hora  Sábado, 14 de Julho -22h00

Ao jeito de uma tertúlia, esta sessão aberta à comunidade pretende dar a oportunidade aos participantes de partilharem e discutirem o seu trecho preferido das obras de Ursula K. Le Guin, escritora de referência na ficção científica e especulativa, desaparecida no início deste ano.  Estará sujeita a pré-inscrição, sobre a qual brevemente teremos mais informações.

“Toda a ficção é metáfora. A Ficção Científica é metáfora. O que a parece separar de outras formas de ficção mais antigas, é a utilização de novas metáforas, extraídas de certas grandes dominantes da nossa vida contemporânea – a Ciência, todas as ciências, e a tecnologia e a perspectiva histórica e relativista, entre elas. As viagens espaciais são uma destas metáforas, tal como uma sociedade alternativa ou uma biologia alternativa. O futuro é 0utra delas. O futuro, na ficção, é uma metáfora.”(Ursula K. Le Guin, Introduction to Science Fiction by Ursula K. Le Guin – The Literary Link)

Luís Filipe Silva (blog.tecnofantasia.com) é autor de «O Futuro à Janela» (Prémio Caminho de Ficção Científica), «Cidade da Carne», «Vinganças» e (com João Barreiros) «Terrarium – Um Romance em Mosaicos», além de vários contos, críticas e artigos em publicações portuguesas, brasileiras e internacionais. Como
antologista, organizou «Vaporpunk – Relatos Steampunk Publicados sob as Ordens de Suas Majestades» (com Gerson Lodi-Ribeiro) e Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa» (com Luís Corte Real). Escreveu o verbete sobre a História da FC portuguesa para a «Encyclopedia of Science Fiction» e realizou apresentações sobre este tema na Eurocon 2016 e Worldcon 2017.

 

António de Macedo: O “Arquitectador” de Universos

António de Sousa Dias

Domingo, 15 de Julho – 16h00

António de Macedo (1931-2017), cineasta, escritor, ensaísta, professor. O seu “fogo criativo” irradiou sobre diversas formas de expressão, assentando sempre num imaginário delirante de uma coerência e de uma consistência fascinantes. É este universo que nos propomos visitar através de uma breve viagem com a cidade de Khâlom, presença constante, com contornos por vezes inquietantes, e que perpassa a sua obra.

Compositor, artista multimédia e investigador, António de Sousa Dias é Professor Associado na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e divide o seu trabalho entre a criação, investigação e ensino. Compôs música para filmes, documentários e animação, bem como obras que exploram diversas formações e géneros. A performance e o teatro musical têm também um papel importante no seu trabalho, bem como as áreas da multimédia, instalação e criação visual.

À Mesa com Tradutores: Os desafios particulares de traduzir o Fantástico

Moderação: Luís Filipe Silva

Mário Carvalho, José Saraiva e João Seixas

Sábado, 14 de Julho – 15h00

Mesa-redonda composta por tradutores (e também autores) do género fantásticopara debaterem as problemáticas específicas da tradução deste género e estratégias para superá-las. Pretende-se o uso e apresentação de casos práticos.

João Seixas é autor e crítico na área do fantástico, tendo publicado contos e ensaios no suplemento DN Jovem do Diário de Notícias, nas revistas Bang, Ler, Megalon e Paradoxo, nos sítios E-Nigma e Tecnofantasia, e na revista Os Meus Livros, onde todos os meses assina a recensão de obras na área da FC&F. Em 2005 fundou, com Pedro Marques, a editora Livros de Areia. http://spaceshipdown.blogspot.com

Mário de Seabra Coelho nasceu em 1990, ano da reunificação da Alemanha. (De nada, alemães.) Trabalha como tradutor e escritor sem disciplina, e é viciado em melão, post-rock e ficção científica melancólica. Os seus contos em língua portuguesa foram publicados pela Editorial Divergência e pela Imaginauta. A sua ficção em língua inglesa pode ser encontrada na Strange Horizons, na Pseudopod, na Solarcide e com sorte em mais um cantinho ou dois, não tarda.

Geólogo por formação, José Saraiva passou vários anos envolvido em investigação no  IST, na área das Ciências Planetárias. Hoje em dia continua ligado aos temas da Educação e da Divulgação da Ciência, através do trabalho no NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia. É responsável por textos que são publicados no Portal do Astrónomo (portaldoastronomo.org), incluindo traduções do SpaceScoop. Na área da tradução, para lá de inúmeros trabalhos particulares em diversas áreas académicas, traduz regularmente a série da Águia para a Saída de Emergência. Traduziu também outros títulos de Simon Scarrow, bem como os primeiros livros da série de Âmbar, e alguns contos para a colectânea Com a Cabeça na Lua, que a mesma editora publicou há uns anos.

Luís Filipe Silva (blog.tecnofantasia.com) é autor de «O Futuro à Janela» (Prémio Caminho de Ficção Científica), «Cidade da Carne», «Vinganças» e (com João Barreiros) de «Terrarium – Um Romance em Mosaicos» além de vários contos, críticas e artigos em publicações portuguesas, brasileiras e internacionais. Como antologista, organizou «Vaporpunk – Relatos Steampunk Publicados sob as Ordens de Suas Majestades» (com Gerson Lodi-Ribeiro) e Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa» (com Luís Corte Real). Escreveu o verbete sobre a História da FC portuguesa para a «Encyclopedia of
Science Fiction» e realizou apresentações sobre este tema na Eurocon 2016 e Worldcon 2017.

Como Sobreviver ao Fim do Mundo – O Apocalipse na Literatura

Nuno Ferreira

Domingo, 15 de Julho – 15h00

Abalos tectónicos, maremotos, mortos-vivos, criaturas das trevas. O que nos espera o fim do mundo? A literatura dá-nos muitas respostas sobre o tema e mostra-nos o quanto a imaginação do Homem pode ultrapassar a realidade, ainda que por vezes sejamos obrigados a assumir que o contrário também acontece. Como Sobreviver ao Fim do Mundo: O Apocalipse na Literatura, apresenta vários obras de Ficção Especulativa pós-apocalíptica e o quanto elas nos podem ensinar sobre o futuro, mas também sobre o passado e o presente do mundo em que vivemos.

Nuno Ferreira é Licenciado em Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional. Editor do blogue Notícias de Zallar desde 2012 é também o autor de Espada que Sangra (Histórias Vermelhas de Zallar #1), Editorial Divergência, 2018; A Maldição de Odette Laurie (antologia Os Monstros que nos Habitam), Editorial Divergência, 2017; e Língua de Ferro: Um Sacana Qualquer, disponível online em Notícias de Zallar, 2017;

O Fenómeno da Desmultiplicação: Como escrever uma Saga

Filipe Faria

Domingo, 15 de Julho – 18h00

Filipe Faria, conhecido autor de As Crónicas de Allaryia, uma saga de sete livros publicada ao longo de nove anos (e talvez escrita ao longo de mais tempo) e Felizes Viveram uma Vez, partilha truques, atropelos e vitórias na elaboração de uma história longa em vários volumes para aspirantes a escritor.

Filipe Faria nasceu em 1982, em Lisboa. Concluiu a sua educação na Escola Alemã de Lisboa, onde o contacto e o convívio com a cultura germânica lhe possibilitaram a abertura de novos horizontes. Impulsionado por um forte interesse pela Idade Média e pela descoberta fortuita, na biblioteca escolar, de um livro acerca daquela história sobre senhores e anéis, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura.
Estreou-se no mundo literário com a série Crónicas de Allaryia, que lhe granjeou o Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído conjuntamente pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Expresso, em 2001, bem como o Prémio Matilde Rosa Araújo e Revelação na Literatura Infantil e Juvenil, em 2002.

Mensageiros das Estrelas – O Apocalipse na Fantasia e na Ficção Científica

Diogo Almeida

Domingo, 15 de Julho – 18h00

O tema do fim do mundo como o conhecemos, o Apocalipse que queimará a terra e da qual renascerá (ou não) algo de novo são tão antigos na cultura Ocidental como a Bíblia. Todas as culturas ponderam, em algum ponto, sobre a origem e o fim de toda a criação. Esta apresentação irá focar-se em algumas representações deste fenómeno no reinos da Fantasia e da FC, o seu significado e sobre o que poderemos aprender com estas manifestações fantásticas.

Diogo Filipe Serras de Almeida é licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), Mestre em Estudos Ingleses e Americanos pela mesma instituição e a sua Tese de Mestrado tem como tema  Zombies e Walking Dead.

Robots na ficção científica – catastróficos, ridículos e apocalípticos!

Cristina Alves e João Barreiros

Sábado, 14 de Julho – 17h00

Os robots têm feito parte da ficção há largos séculos. Oscilando entre a forma humana e meros mecanismos, os robots na ficção podem ser assustadores, ameaçando a espécie humana, ou cómicos, como entidades que não compreendem a ironia ou o pouco lógico relacionamento entre humanos. Nesta pequena palestra apresentam-se alguns bons exemplos na ficção científica.

João Barreiros, autor de ficção científica, é conhecido pelas críticas sagazes de livrosdo género que fazem a delícia de qualquer leitor!

Cristina Alves gerou o Rascunhos,uma página onde fala de ficção científica e banda desenhada.

Onde estão as naves espaciais da literatura portuguesa?

Cristina Alves

Sábado, 14 de Julho – 16h00

Onde estão as naves espaciais na literatura portuguesa? A produção de ficção especulativa, mais propriamente de ficção científica escasseia e raramente se vê nas  lojas carregadas de possíveis best-sellers de fácil consumo. Ainda assim, pequenas editoras como a Imaginauta ou a Editorial Divergência têm conseguido lançar boas histórias! Esta palestra pretende dar a conhecer o pouco, mas bom, que se faz por cá.

Ana Cristina Amaral Alves criou, há mais de dez anos o Rascunhos (actualmente residente em http://osrascunhos.com) onde fala sobe ficção científica e banda desenhada. Nos últimos meses a página estendeu-se para a rádio Voz Online onde dá especial destaque à produção portuguesa.

Fanzines Espanholas

Samir Karimo

Domingo, 15 de Julho – 17h00

Em primeiro lugar far-se-á uma pequena abordagem aos festivais de fantasia em Espanha, principalmente na Castela e Leão. Em segundo lugar falar-se-á de alguns autores e daí chegaríamos aos fanzines propriamente ditos. Em terceiro lugar falar-se-á da WAX, MINATURA, DEMENCIA , CABINA DE NEMO onde o autor colabora e depois de outras fanzines também.

Samir Karimo, é autor dos contos Delirios Fantasmales na Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia – Volume II e Santa Claus Sideral y la Gota de oro Navideña que saiu no Volume III, o texto DOLORES que saiu na REVISTA DEMENCIA onde colabora e Dulcinea, una chica nada normal na Revista Minatura onde colabora e CHOCOZOMBI APOCALIPTICO na revista THE WAX. Entre 2015 e 2017 publicou o seu primeiro livro de originais em castelhano, português e inglês chamado SOBRENATURAL. Em 2017 publicou o seu segundo livro de originais em castelhano chamado Okulto . É também argumentista de BD, tendo várias histórias publicadas na revista H-ALT.

“2001: A Space Odyssey”: A Revolução Científica no Cinema Sci-Fi

Rui Agostinho

Domingo, 15 de Julho – 15h00

O filme é um marco na história porque é pensado por Arthur Clarke, um homem de ciência, e tem realização de Stanley Kubrick, que manteve aspetos cientificamente corretos. Irei discutir muitos eles, com algum detalhe, e traçar paralelos com a “Guerra das Estrelas”, “Interstellar” e o “Perdido em Marte”. A retidão científica abunda e está fortemente ligada com conquista da Lua pela NASA, a importância da IBM e da inteligência artificial. É interessante ver hoje o 2001: os efeitos especiais usavam maquetas e cenários em estúdio além de animações não digitais; as imagens da Terra e da Lua são desenhos artísticos.

Rui Agostinho é astrónomo e astrofísico. Estuda o impacto do ambiente galáctico nas condições para a vida na Terra: os efeitos da radiação produzida pelas supernovas na vizinhança solar ao longo dos milhões de anos. É professor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da ULisboa e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. É membro fundador da Sociedade Portuguesa de Astronomia, sócio da Sociedade Portuguesa de Física e da União Astronómica Internacional, entre outras.

Nós e eles: em torno do “síndroma de Hal”

Maria Paula Diogo

Domingo, 15 de Julho – 14h00

2001 Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, foi lançado em 1968, portanto há 50 anos. Enquanto há meio-século, o debate em torno do filme se centrou largamente em torno do significado do célebre monólito negro, hoje, num tempo em que as questões éticas levantadas pela inteligência artificial fazem parte do debate quotidiano, o debate desloca-se para o território das relações de poder que tecemos com a tecnologia. O “síndroma de Hal” será o ponto de partida para esta conversa em torno de nós próprios e das nossas criações.

Maria Paula Diogo é Professora Catedrática de História da Tecnologia e da Engenharia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e Coordenadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT). Nos anos 90 foi pioneira, em Portugal, dos estudos históricos sobre engenharia, engenheiros portugueses e sua relação com a construção da modernidade nacional. Actualmente trabalha sobre antropocénico e engenharia colonial, identidade europeia, tecnologia e globalização e centros e periferias. Coordena projectos e publica regularmente nacional e internacionalmente.

Odd School – Arte Digital para Cinema e Jogos

David Dias

Sábado, 14 de Julho – 17h00

– O que é a arte digital e a Industria dos Jogos e cinema
– Como surgiu a Odd School e a necessidade de pessoas especializadas na área para trabalhar em Portugal.
– Os vários cursos da Odd School, em paralelo com a linha de produção na indústria.
– Os Objectivos da Odd School na preparação dos seus alunos para o mercado de trabalho.

David Dias é Mestre em Arquitectura, formador na Odd School desde 2012 e coordenador pedagógico desde 2014.

The Death of Storytelling

Isaque Sanches

Sábado, 14 de Julho – 18h00

A storyteller of interactive fiction is not the musician.

He/she is not the maestro.

He/she is the composer.

The Death of Storytelling is a performative story about games and performative storytelling in games.

Isaque Sanches is a Portuguese software developer / game designer born in Switzerland.

Founder, producer and developer at Not a Game Studio and co-founder of A Ludoteca, a Portuguese game development collective, he has worked as a AR and VR Software Developer at Cycloid – Engenharia e Telecomunicações, and as game developer at Stratera Studio, as game journalist and editor at Rubber Chicken, and as VR Software Developer at 360 Play.

He is an experimentalist at heart, a game jam and “alt game” enthusiast, and has devoted a large portion of his life into researching artistic / non-traditional game design, in especially alternate reality games, roleplaying games and live action games.

Artistas no Fim do Mundo

Leonor Mendes Ferrão

Sábado, 14 de Julho – 14h00

Desde antes da invenção da escrita que o Homem retrata o que vê através da Arte. Ao longos dos anos, novas maneiras de fazer tintas e criar suportes foram descobertas para satisfazer esta necessidade.

Não é difícil imaginar que, num futuro, neste caso distópico (após um colapso ambiental ou após uma grande guerra, por exemplo), esta necessidade ainda seja sentida pelas pessoas.

Como poderemos criar os materiais necessários para as nossas criações? Será possível fazer uma tinta a partir de materiais como vidro e metal? Como usar os recursos da Natureza para criar um quadro?

Vem descobrir tudo nesta palestra!

Leonor Mendes Ferrão é Mestre pela FCT-UNL em Conservação e Restauro, especializada em Ciências da Conservação de
Reconstruções Históricas.
A sua tese final de mestrado, “Historical Reconstructions of Raw Materials Based on a Blue Smalt Coating Applied to a Seventeenth-Century Altarpiece” foi apresentada em 3 congressos internacionais e serve actualmente de base para vários artigos da área sobre reconstruções históricas de pigmentos de esmalte.

A Relação Entre a BD e a Ficção Científica

João Raz e Pedro Cruz

Domingo, 15 de Julho – 14h00

Nesta palestra serão referidas inúmeros exemplos de bandas desenhadas SCI-Fi , autores, da sua importância e influência.

 

João Raz- Ilustrador e organizador do grupo Inks, desenhos e rabiscos.

Pedro Cruz- Autor de BD

Experiências de BD e Literatura

Leonor Ferrão, Miguel Jorge e Diana Pinguicha

Sábado, 14 de Julho – 19h00

Uma partilha de experiências que se foca nos seguintes tópicos:
– de que maneira a escrita influência a ilustração e vice versa
– as origens e trabalhos
– as inspirações

Leonor Ferrão: Nasceu a 20 de Novembro de 1992, em Lisboa, cidade onde actualmente reside e onde tirou o Mestrado em Conservação e Restauro. Desde pequena que a sua mãe lhe incentivou ao gosto pela leitura, tendo começado a ler clássicos desde cedo, e no 8º ano descobriu o mundo da escrita após escrever o seu primeiro romance. Já participou nove vezes no NaNoWriMo, quatro das quais saiu vencedora, sendo agora ML dos eventos. Tem diversos contos publicados em revistas e antologias. Além da escrita, também gosta de desenhar, tendo já ganho alguns concursos on-Line e tirado um curso de Ilustração para a Infância com o ilustrador Bernardo Carvalho.

Miguel Jorge: Nasceu em 1973 e iniciou-se na banda desenhada em 1994 com o projecto Art Nove e Crash!. Foi um dos artistas do livro da Dark Horse “The Sakai Project: Artists Celebrate Thirty Years of Usagi Yojimbo” e um dos desenhadores de “Tales of Discord” da Markosia. É editor e co-autor da antologia Apocryphus.

Diana Pinguicha: Nascida e criada nas solarengas terras de Portugal, Diana vive em Lisboa e é lá que trabalha como criadora de jogos e escritora. Passa o tempo livre a escrever (obviamente), a pintar e a mergulhar em quantidades extraordinárias de livros e video-jogos, nomeadamente qualquer coisa no espectro da fantasia. A fazer-lhe companhia tem dois fantásticos gatinhos, Sushi e Jubas, e o seu dragão–barbudo Norbert!

Jogos Multiplataforma

Moderação: Luís Filipe Silva

Fábio Lima, Henrique Soares, Isaque Sanches, Alexandre Pita, Ricardo Correia.

Sábado, 14 de Julho – 14 horas

Jogos de tabuleiro. Roleplaying games. Vídeo jogos. Três universos lúdicos completamente diferentes com públicos distintos, ou três faces de uma só substância? O que une e o que distingue estas três formas de entretenimento? Uma mesa de especialistas em cada um destes tipos de jogo vai conversar em busca dos elementos partilhados e como cada uma das plataformas condiciona e adapta uma mesma ideia.

Fábio Lima – Produtor de Conteúdos no Playing Season, um canal e blog português de criação de conteúdos web sobre jogos de tabuleiro. Neste espaço que existe desde 2016 partilha conteúdos diários nas diferentes redes e plataformas, como unboxings, explicação de regras e reviews, publicação de notícias nacionais e internacionais, entrevistas, captação de partidas completas e associação dos jogos a situações normais do dia-a-dia.

Henrique Soares – começou a jogar roleplaying games na escola secundária, no início dos anos 90, tendo ao longo dos anos experimentado vários jogos e campanhas com diferentes grupos. No Grupo de Roleplayers de Lisboa participa como co-organizador quase desde o seu início e tem-se dedicado especialmente a fazer demonstrações de jogos simples para divulgar o hobby e apresentá-lo a iniciantes e curiosos. Também para esse fim, tem especial gosto em explorar jogos indie, versões prontas-a-jogar (quickstarts), jogos de improvisação, ou jogos que se encontram na fronteira entre RPGs e outras áreas lúdicas ou sem ser. Também tem experiência com jogos de live-action roleplay (LARP), uma variante mais teatral e performativa dos tradicionais RPGs de mesa. Entre os jogos que tem mestrado contam-se Lady Blackbird, Fiasco, Dungeon World, Hollow Earth Expedition, FU ‒ Freeform Universal, entre outros.

Isaque Sanches – Game designer, programador, artista técnico, produtor de videojogos. Fundou “Not a Game Studio”, estúdio de videojogos onde trabalha actualmente como developer e produtor. Co-fundou A Ludoteca, o primeiro colectivo português para criadores de videojogos profissionais e amadores. Trabalhou para Cycloid – Engenharia e Telecomunicações, 360 Play, Pocket Studio (B5 Studios), Stratera Studio e Rubber Chicken. Experimentalista assumido, e entusiasta dos movimentos “game jam” e das correntes estéticas “alt game” e “voidscape”, dedicou uma parte significativa da sua vida a fazer pesquisa de jogos teatrais, escape rooms, jogos de realidade alternativa, psicodrama, e not-games.

Ricardo Correia – apesar de ter estudado Belas-Artes, foram os videojogos que lhe deram um rumo. É o rosto mais conhecido do site Rubber Chicken para onde escreve há seis anos. Com uma média de duzentos artigos por ano e tendo recebido mais de um milhar de jogos, é um dos mais acérrimos defensores dos jogos indie.

Alexandre Pita – Está desde pequeno ligado aos jogos, principalmente aos videojogos desde a adolescência. Em 2015, ao estudar no Brasil, tem contacto com o mundo dos Board Games modernos e fica rendido. Ao regressar a Portugal, envolve-se mais no hobby em Lisboa e naturalmente começa a jogar RPG. Sentindo necessidade de espalhar o Hobby pela margem sul do Tejo, funda o Clube de Estratégia do Seixal com o propósito de divulgar todas as vertentes dos jogos de mesa e sociais, inicialmente com atividade principal em Boardgames e RPG de mesa. Em 2016 abre a secção de Hóquei de Mesa, com treinos e competições regulares. Em 2017, após uma campanha de donativos a nível mundial, inicia a secção de Wargames de miniaturas. Ao longo dos anos tem participado em intercâmbios europeus, onde foi conhecendo vários jogos sociais e teatrais. Eventualmente toma conhecimento dos LARP, e após uns anos a jogar, decide iniciar a secção de LARP em 2018 no CES, envolvendo novos jogadores e grupos de teatro nestas experiências. Neste momento é um jogador e dinamizador polivalente, interessado em todas as vertentes do jogo, e tem no CES o seu veículo para levar todos estes hobbies a novos públicos, sejam nos seus encontros regulares ou eventos em escolas e empresas.

Moderador: Luís Filipe Silva (blog.tecnofantasia.com) é autor de «O Futuro à Janela» (Prémio Caminho de Ficção Científica), «Cidade da Carne», «Vinganças» e (com João Barreiros) «Terrarium – Um Romance em Mosaicos» além de vários contos, críticas e artigos em publicações portuguesas, brasileiras e internacionais. Como antologista, organizou
«Vaporpunk – Relatos Steampunk Publicados sob as Ordens de Suas Majestades» (com Gerson Lodi-Ribeiro) e Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa» (com Luís Corte Real). Escreveu o verbete sobre a História da FC portuguesa para a «Encyclopedia of Science Fiction» e realizou apresentações sobre este tema na Eurocon 2016 e Worldcon 2017.

Os 55 anos de Doctor Who. E agora?

Moderador: Ricardo Correia

João Machado e Artur Coelho

Domingo, 15 de Julho – 17h30

Doctor Who é uma das séries de ficção científica mais conhecidas pelo mundo todo, e é igualmente uma das que tem maior longevidade. No ano que faz 55 anos da primeira aparição em TV do famoso Time Lord e da sua TARDIS, faremos uma análise do que foi, do que é e do que será.

Ricardo Correia é Designer de Comunicação e crítico de videojogos. Editor-in-Chief do Rubber Chicken Games e colunista de videojogos do Observador, faz parte da organização do Lisboa Games Week e Lisbon Games Conference.

João Machado é um ávido fã de Doctor Who, tem pelo menos 1 tatuagem da série no corpo e é Executive Editor no Rubber Chicken Games e colunista de videojogos do Observador.

Artur Coelho talvez sofra os efeitos psicológicos da inalação de derretimento termoplástico numericamente controlado. Acumula com uma voracidade maníaca de leitura em Ficção Científica e Especulativa. Na camuflagem com que sobrevive no mundo real, é professor de TIC e coordenador PTE no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro, mestre em Informática Educacional, formador e colaborador do fablab Lab Aberto.