A arte e o artesanato fazem parte do Sci-Fi Lx desde o seu início. O projecto tem o objectivo declarado de dar voz a todos os que trabalhem o género da Ficção Científica e as manifestações artísticas, sendo das mais merecedoras de visibilidade, são também das que maiores dificuldades têm em se projectar e promover, dependentes que estão, na maioria dos casos, do esforço individual dos seus autores. Em cada uma das edições da nossa newsletter vamos dar a conhecer artistas ou artesãos, que participem em projectos do Sci-Fi Lx, ou no próprio evento em si.
O Projecto Handmade Sci-Fi Lx reúne artesãos que trabalhem o tema da Ficção Científica. Começamos aqui uma série que pretende dar a conhecer melhor as mãos por trás das peças que animam a Banca do Sci-Fi Lx em quase todos os eventos. Este mês, apresentamos a Veneranda Almeida, carinhosamente conhecida por Vanda, cujo trabalho se baseia principalmente na costura e no bordado a ponto cruz:
Há quanto tempo fazes artesanato?
Artesanato a sério, a sério, desde os 18 anos mais ou menos.
O que te levou a começar?
A minha mãe é modista e modelista e eu cresci no meio dos trapos. O meu pai também andava sempre com “engenhocas” e desde muito pequena sempre que se mexia em tintas, madeiras ou qualquer outro material minimamente interessante, lá estava eu a tentar (des)ajudar. A minha avó também tinha muito jeito para tudo e com 7 anos aprendi a fazer croché em lã. Aos 16 anos comecei a ajudar a minha mãe na costura mas logo me apercebi que blusas e saias não eram a minha cena. Passado pouco tempo comecei a “brincar” com trapos, juntar materiais e cores. Depois veio a pintura, o ponto cruz, o feltro, as madeiras…
Quando e porquê te interessaste pela temática sci-fi?
Sempre gostei do tema, embora não seja muito entendida no assunto, mas o meu filho respira sci-fi e acabou por me influenciar. Depois de experimentar os primeiros trabalhos, fiquei apaixonada.
Quais as tuas técnicas preferidas?
Gosto de tudo o que me permita misturar cores, materiais e texturas e sempre com a costura pelo meio. Por isso pode dizer-se que a minha técnica preferida é a costura em si.
Autor: Ana Carrilho
Fotografia: Felix Works